Resenha: Desventuras em Serie - A Sala dos Répteis

janeiro 22, 2014

Editora: Companhia das Letras
Páginas: 177

Sinopse: Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso – para que depois ninguém reclame – faz questão de avisar: “Se você esperava encontrar uma história tranquila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar…”. Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arqui-inimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em Mau começo ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire – e aqui as coisas só pioram.


No primeiro livro da serie os irmãos Baudelaire começaram sua trágica desventura. Depois de seus pais morrerem em um misterioso incêndio e ficarem órfãos, eles vão para a casa do Conde Olaf que faz com que as crianças vivam dias horríveis. Obcecado pela fortuna deixada aos Baudelaire, Olaf arquitetou um plano com objetivo de casar com a jovem Violet numa falsa peça teatral, para roubar o dinheiro e escravizar de vez as crianças. Felizmente ele não consegue realizar a façanha e foge.

Com isso os irmãos desafortunados são enviados para a casa de seu novo tutor o tio Monty, exatamente um tipo de pessoa oposta a Conde Olaf, ele é bondoso, amigável e confiável. Ele é um especialista em repteis e tem em sua casa os mais variados espécimes, como por exemplo uma víbora incrivelmente mortífera, bom, nem tanto.

Os Baudelaire começaram a se sentir em casa novamente, voltaram a ficar alegres, o melhor lugar para eles era ali, naquela casa que tinha se tornado um lar. O tio Monty estava planejando uma viajem, para o peru e levaria os órfãos  com ele, ou seja, tudo estava ficando bom demais. Mas como o próprio autor diz que essa não é uma historia tranquila e alegre, e que não se deve deixar enganar com algumas cenas onde os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral.

É quando chega a casa um homem estranho chamado Stephano, o substituto do assistente do Tio Monty. Stephano, na verdade, era Conde Olaf disfarçado, como as crianças descobriram logo de cara. Eles tentam avisar o tio mas ele não acredita e então com o vilão dentro de casa muitas coisas tristes acontecem como sempre.


"A ocorrência de um acidente em certo lugar pode criar uma mancha nos sentimentos de uma pessoa em relação a esse local, como a mancha de tinta que perdura num lençol branco. Por mais que se esfregue e se lave para tirar essa mancha da memória, não há como esquecer o que aconteceu e deixou todo mundo triste." (p.119-120)

Ilustração do primeiro capitulo do livro.
Casa do Tio Monty.
O segundo livro da serie esta ainda mais intrigante e envolvente, os acontecimentos sempre são imprevisíveis. O vilão Conde Olaf se mostra nesse volume ainda mais cruel, demonstrando ser capaz de fazer qualquer coisa para colocar as mãos na herança. O final fica aberto para novas desventuras, o bom é que nem dá pra saber o que mais pode acontecer com os irmãos Baudelaire.

A narrativa continua muito bem construída, sempre irônica e dramática, o autor escreve com palavras difíceis seguidas de explicações sutis de uma forma muito divertida algo que gosto muito. Evidencia principalmente o amor entre os irmãos, o medo e a saudade que sentem do passado onde viviam felizes com os pais.  A unica parte chata é onde o autor no começo da trama conta um fato importante mas mesmo assim o livro não perde seu brilho.

Algo que não mencionei na resenha do primeiro livro é de que a serie é ilustrada, o ilustrador  é Brett Helquist, cada capitulo tem uma imagem no inicio, o que faz com que o livro seja ainda mais gostoso de se ler. O outro fato interessante é sobre o misteriosos desenho de olho presente no primeiro livro, no segundo também e em vários lugares, nas casas e até na perna de Conde Olaf o que faz com que se tenha  ainda mais curiosidade de se ler os outros livros.

Desventuras em serie é uma serie completamente diferente, os livros são pequenos porem cheios de acontecimentos. Vou é claro continuar lendo os outros livros e acompanhar as desventuras do irmãos Baudelaire.




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1 comentários

  1. Essa série é fantástica! Toda criança (e os maiorzinhos tb!) deveriam ler!
    Bjs

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