Resenha: Cidades de Papel - John Green

setembro 12, 2017


Editora: Intrínseca
Páginas: 366
Ano: 2013
Sinopse: Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Depois de ler A Culpa é das Estrelas, John Green se tornou um dos autores que mais admiro.  Recentemente mais uma de suas obras foi publicada no Brasil, Cidades de Papel foi lançado nos EUA em 2008 e chegou a ganhar o Edgar Award na categoria de melhor Young Adult. 

Em Cidades de Papel conhecemos Quentin Jacobsen, um garoto que está terminando o ensino médio. Sua vizinha é   Margo Roth Spiegelman, uma garota popular e muito rebelde. Ela é Quentin quando pequenos eram muito amigos, um dos fatos mais marcantes da infância dos dois juntos foi em um dia quando encontraram um homem morto, Margo adorava investigar, ela fez varias pesquisas e conseguiu descobrir quem era o tal homem e tudo sobre sua vida. Agora Quentin não sabia mais se ela ainda era assim já que o tempo os distanciou.

Quentin é do tipo conformado, que não se importa com a rotina, gosta disso, até que Margo na noite do dia cinco de Maio invade seu quarto pela janela e muda completamente seus conceitos. Ela pede a ele que a ajude na sua missão que consiste em 11 tarefas que devem ser realizadas em apenas uma noite. Ele a principio não aceita, mas depois acaba cedendo ao pedido da vizinha.

Os dois partem então em uma aventura pelas ruas da cidade de Orlando, Quentin nessa noite faz coisas que nunca faria se não fosse por Margo. Desde de pequeno ele nutre um amor platônico pela garota e nessa noite esse sentimento fica ainda mais forte. Depois de muita confusão e diversão os dois se despedem e vão para suas casas. Esperançoso Quentin vai para o colégio pensando que eles vão reatar enfim a amizade que tinham, mas isso não acontece, ele descobre que ela sumiu misteriosamente.

É então que tudo começa a ficar cada vez mais confuso para Quentin. Ele descobre  com a ajuda do amigos fieis Ben e Radar algumas pistas, indícios de que Margo queria que ele a encontra-se. Mas a medida que ele acha  que está chegando perto de onde ela está mais longe fica de sua visão sobre quem ela é. Aos poucos ele percebe que não a conhecia tão bem.
"Uma Margo para cada um de nós. e todas elas eram mais espelho do que janela."

Nessa parte da historia  o dilema que se tornou a mente de Quentin fica muito evidente, depois de uma noite com Margo sua vida muda completamente, encontrar-la se torna seu único objetivo, ele acredita que ela está viva em algum lugar do mapa.

Um livro surpreendente, daqueles que te prendem do incio ao fim. É composto por 3 partes, Os fios, A relva e O navio, cada parte com características que remetem ao nome e claro recheadas de mistérios. Os personagens são cativantes e com personalidades bem definidas. Quentin é um garoto leal, amigo, engraçado e simplesmente comum, o que é bom, já Margo é rebelde, boa e má ao mesmo tempo, é  a personagem que mais gostei e mais me ensinou coisas importantes. Os personagens secundários não ficam para trás, todos tem uma personalidade muito bem construída e claro são  hilários.

Cidades de Papel é um livro cheio de reflexões sobre a fragilidade do ser humano, sobre quem somos de verdade, sobre como agimos, se somos apenas um reflexo do que os outros querem ou sou se somos transparentes em relação a nossa personalidade. Ele também nos faz refletir sobre o sentido da vida, como vivemos, se necessitamos mesmo viver de forma tão linear.

John Green sempre acaba com minhas expectativas, em A culpa é das Estrelas foi assim e nesse não foi diferente. O final não foi como imaginei, fiquei um pouco frustrada a principio mais superei , depois de um tempo digerindo tudo o que aconteceu entendi o significado daquele final.  E se lerem o livro entenderão muito bem o porque do titulo Cidades de Papel (talvez até encontrem alguma). Como dizem por ai qualquer coisa escrita por Green vale a pena se ler.
"– Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel. "Pág. 68

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